Novidades surgem, mas é preciso saber
como se relacionar com esse novo
Autor: Luiz Temponi
É evidente que a internet e as novas
tecnologias digitais trouxeram grandes mudanças no perfil do consumidor. Um
cliente sabe exatamente o que quer, quando quer e onde vai comprar, depois de
muito pesquisar e aprender sobre a solução que procura. Além disso, tornaram-se
mais atentos e prontos para exigir seus direitos. Outra questão que se mostra
bastante clara é a quantidade de canais e dispositivos que se pode utilizar
para acessar um conteúdo, enviar uma mensagem ou até mesmo realizar uma compra.
Saímos de dentro das lojas para as compras online, dos computadores de mesa
para os notebooks e posteriormente para tablets e smartphones. Diante de tantas
mudanças, é preciso estar atento ao comportamento do internauta.
Refletindo
sobre o tema, listo abaixo seis tendências para as quais devemos nos atentar:
O consumidor é o principal formador de
opinião
A opinião de um cliente vale muito, e
pode transformar completamente a história de uma marca. Para se ter uma ideia
do peso que as avaliações das pessoas na web têm, segundo relatório recente da
Nielsen, ao entrevistar 28 mil e-consumidores de 56 países, foi concluído que
92% deles confiam mais em recomendações e opiniões de outros clientes do que
outras formas de publicidade. Feedbacks, relatos de experiência com produtos e
serviços e opiniões são registradas centenas de vezes todos os dias e dita o
ritmo do mercado. Todos esses relatos contêm informações preciosas que, quando
bem utilizadas, podem direcionar futuras campanhas, auxiliar no desenvolvimento
de novos produtos que vão de encontro às necessidades do público e mesmo a
rápida resolução de problemas.
Para conseguir analisar e fazer uso
inteligente desse gigantesco volume de dados, contudo, é de extrema importância
uma ferramenta de Big Data Analytics - focada justamente em monitorar e filtrar
as milhares de informações e produzir relatórios precisos para as empresas
tomarem decisões.
Todos querem o ambiente mobile
As experiências com múltiplas telas já
nos mostram que existe uma grande tendência de migração para o universo mobile.
Em especial, pela facilidade com que se opera um smartphone ou um tablet em
qualquer lugar ou situação. Com a tecnologia cada vez mais avançada, a
tendência é que as pessoas deixem de ter computadores de mesa, para acessar
cada vez mais seus conteúdos e arquivos por meio dos dispositivos mobile. Além
da migração para os portáteis, obrigando as empresas a terem sites responsivos,
o lançamento do novo algoritmo do Google, que prioriza sites mobile-friendly em
resultados de busca tornou ainda mais urgente essa necessidade.
Economia baseada na lógica do
compartilhamento
Todas as necessidades podem ser
resolvidas facilmente com a lógica do compartilhamento, e nós já praticamos
isso há anos. O que vem mudando são as ferramentas que usamos para transformar
isso em negócio. Habilidades, serviços, produtos e tempo passam a ser moeda
nesse mercado. Por exemplo, o Bliive permite que as pessoas façam troca de
tempo e conecte uma pessoa capaz de dar aulas de violão a outra capaz de ajudar
outra que está com dificuldades para aprender inglês. O Airbnb te dá a
possibilidade de alugar o quarto em uma casa de família no lugar de reservar um
hotel durante uma viagem. Tem também o Uber, que possibilita que todos possam
ter seu motorista particular conforme demanda.
Comunicação por dados e vídeos
Atualmente, a parcela do tempo de uso
dos celulares destinado a ligações por voz é bem inferior à utilizada para
troca de dados. Compreender essa tendência é essencial para que as empresas
possam desenvolver novos mecanismos de interação com seus consumidores. Bem
como criar novos produtos e serviços que se adequem a esse perfil de
consumidor. Quanto mais preparadas empresas estiverem para fornecer um
atendimento por dados e vídeos, melhor suas chances de prosperar nos próximos
anos.
Compras por dispositivos mobile
O m-commerce ainda é tímido, mas tende
a crescer vertiginosamente nos próximos anos, ainda mais com o desenvolvimento
de aplicativos de segurança mais avançados. Formas de pagamento diversificadas
para o ambiente mobile também farão com que as pessoas migrem de plataforma e
passem a consumir produtos e serviços diretamente dos smartphones e tablets.
As redes serão cada vez mais
segmentadas e específicas
Até então víamos pessoas produzindo
conteúdo e compartilhando pensamentos em redes amplas e sem categorização
pré-definida, como Twitter e Facebook. É possível perceber uma migração das
pessoas para redes privadas e segmentadas. Redes apenas de mulheres de cabelos
cacheados, de apreciadores de vinho, de corredores da terceira idade e de
vários outros nichos. As empresas criam aplicativos para ter interação mais
próxima e reunir o segmento em um espaço só. Tudo isso faz sentido pelo fato de
o usuário se sentir potencialmente mais acolhido em uma comunidade menor.
Todavia, isso se torna um tesouro para um bom plano de Business Intelligence.
Com esses dados associados ao trabalho de inteligência de dados, é possível
prever mudanças de hábito do consumidor e ter uma estratégia pró-ativa no
mercado.
Cada dia que passa, mais novidades
surgem sobre o comportamento do consumidor online e o que as empresas estão
fazendo para atender a esse novo perfil. Agora cabe as empresas acompanhá-las e
se adaptarem ao novo jeito de consumir que a internet proporciona a todos nós.
Luiz Temponi é CFO da Hekima|Zahpee
Fonte:http://www.clientesa.com.br/artigos/58191/seis-tendencias-no-comportamento-online/ler.aspx
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